Madalena Guerreiro, jovem surfista da Associação Onda do Norte (AON), de Matosinhos, foi a grande vencedora da prova de qualificação, inscrevendo, assim, o seu nome no convite oferecido pela organização para integrar o quadro principal do Campeonato Nacional de Surf Feminino 2024, que amanhã se começa a disputar, na praia da Costa Nova, em Ílhavo.
A surfista matosinhense, de apenas 13 anos, ficou visivelmente satisfeita com o triunfo e, por entre um sorriso rasgado, disse estar “orgulhosa” dela própria.
“Foi fixe. Estava um mar difícil e, antes de entrar no mar estava cheia de medo, mas depois lá, com as minhas amigas, foi bom. Foi pena não apanhar mais ondas e ainda desperdicei algumas, lamentou Madalena Guerreiro.
Amanhã começa a competição a sério e a jovem Madalena Guerreiro vai estar entre a elite de surfistas que compete no Campeonato Nacional de Surf Feminino.
“Estou muito feliz por entrar no quadro principal, é um bom desafio e uma experiência engraçada. Depois, surfar com as melhores é uma boa forma de aprender”, afirmou a surfista da AON.
Amanhã, sábado, a chamada para as atletas está marcada para as 9h00 para, resolvidas as questões burocráticas, as atletas se fazerem ao mar em busca do título de Miss Quebramar Cup 2024.
A primeira eliminatória do campeonato mais perfumado do surf nacional tem os seguintes confrontos:
Heat 1 – Camila Cardoso, Miriam Julião, Carolina Sousa Real e Madalena Guerreiro; Heat 2 – Lua Escudeiro, Eva Jorge e Ana Mel; Heat 3 – Teresa Pereira, Teresa Quina e Mariana Pereira; Heat 4 – Matilde Pinto Núria Maganinho, Mafalda Pinto e Maria Marques.
Na prova de qualificação de hoje, Madalena Guerreiro superiorizou às restantes quatro surfistas, mas a vitória na bateria foi uma incógnita até final.
Maria Marques terminou em segundo, muito perto da vencedora, Madalena Camilo completou o pódio e Flor Escudeiro e Maria Coelho ficaram em quarto e quinto lugares, respectivamente.
Diga-se que estavam umas condições algo difíceis, especialmente, para surfistas tão jovens. Mesmo assim, nenhuma se negou a dar o seu melhor.
E porque a Miss Quebramar Cup sempre foi mais do que uma competição, as primeiras grandes estrelas na praia da Costa Nova foram os utentes do Centro de Atividades para a Capacitação e Inclusão do CASCI, uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) de Ílhavo, e ainda os do Lar do Divino Salvador, outra IPSS ilhavense.
A maioria destes utentes que se deslocaram ao areal experienciaram as sensações de deslizar nas ondas, instruídos e auxiliados pelos monitores da escola de surf da Associação de Surf de Aveiro (ASA), promotora do campeonato mais feminino do surf nacional.
Foram momentos de pura diversão e conquista, pois os utentes do CASCI são portadores de deficiência intelectual e outras associadas, o que na diversão de surfar é algo que se esbate como as ondas quando tocam a areia.
Nesta 20 edição da Miss Quebramar Cup as preocupações sociais e ambientais estão uma vez mais presentes e este momento que é proporcionado a estas pessoas que de outra forma não poderiam experimentar as sensações do surf, é uma marca de água do campeonato mais perfumado do surf nacional.
